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terça-feira, 24 de agosto de 2010

O dia pede poesia

Desencanto

Eu faço versos como quem chora
De desalento , de desencanto
Fecha meu livro se por agora
Não tens motivo algum de pranto

Meu verso é sangue , volúpia ardente
Tristeza esparsa , remorso vão
Dói-me nas veias amargo e quente
Cai gota à gota do coração.

E nesses versos de angústia rouca
Assim dos lábios a vida corre
Deixando um acre sabor na boca

Eu faço versos como quem morre.
Qualquer forma de amor vale a pena!!
Qualquer forma de amor vale amar!

Manuel Bandeira
Queridas, achei que o tecido pedia um pouco de poesia. A delicadeza das bolinhas e a cor tem tudo a ver com Bandeira que era de uma delicadeza ímpar. Um bom dia e muita poesia para vocês.